Sigmund
Herói da mitologia germânica, era filho de Volsung. Este foi morto numa batalha contra o rei Siggeir, na qual também foram feitos prisioneiros Sigmund e os seus nove irmãos. Como Signy, irmã de Sigmund, era casada com o rei Siggeir pediu-lhe que em vez de mandar matar os seus irmãos apenas os prendesse num pelourinho, pedido que o rei satisfez.
No entanto, esta solução revelou-se bastante má pois todas as noites a mulher-lobo acorria ao pelourinho para comer um dos prisioneiros. Quando já só restava Sigmund, a sua irmã ajudou-o a matar a mulher-lobo e a esconder-se na floresta.
O ódio secreto que Signy dedicava ao marido levou-a a tomar a resolução de ter um filho do seu próprio sangue com Sigmund para mais tarde vingar o pai e os irmãos.
Então, um dia disfarçou-se, saiu do palácio e foi ter com Sigmund com o qual passou três noites sem se identificar.
O filho que nasceu deste incesto chamou-se Sinfjotli. Signy enviou-o depois a Sigmund, quando atingiu a puberdade, e o pai ensinou-o a caçar admiravelmente.
Posteriormente, os dois mataram o rei Siggeir e os seus filhos, incendiando também o seu palácio. Neste incêndio morreu Signy, que depois de finalmente ter assistido à vingança da sua família lançou-se nas chamas para morrer com o marido.
Sigmund tornou-se o novo rei do país e casou-se, tendo no entanto Sinfjotli sido envenenado pela madrasta como vingança da morte do irmão, que tinha sido causada pelo filho de Sigmund.
O segundo filho de Sigmund, Sigurd, nasceu do casamento deste com Hjordis. Mas Sigmund não chegou a ver este filho pois morreu numa batalha onde se despedaçou Oram, a sua espada mágica dada ao rei por Odin. Os pedaços da espada foram religiosamente guardados por Hjordis, que os deu a Sigurd quando este alcançou a maioridade.
A história de Sigmund está na origem dos Völsungasaga, poemas que relatam as aventuras da dinastia dos Volsung.
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