Gná


 Gná é, na mitologia nórdica, uma das três auxiliares de Frigga, juntamente com Fulla e Hlin.

Ela é a que cuida dos assuntos de Frigga ao redor do mundo. Provavelmente está é a razão pela qual tem um cavalo chamado Hofvarpnir, que é capaz de mover se através do ar.

Conhecida como a “Mensageira de Frigga”, Gná representa o poder divino que transcende todos os mundos. Ela era uma das doze acompanhantes de Frigga e a sua tarefa era observar e relatar à deusa, tudo o que se passava nos Nove Mundos. 

Gná sobrevoa a terra e o mar, cavalgando Hofvarpnir, e apresentava-se como uma mulher forte e radiante. O seu nome era sinónimo de “mulher” e derivava de ganaha — que significava abundância (atributo também de Fulla, outra das auxiliares ou dos aspectos de Frigga). 

O seu mito relata como ajudava os casais que queriam ter filhos, levando os seus pedidos para Frigga e depois punha uma maçã no colo do marido, que devia comê-la de maneira ritual, junto com a esposa. 

O simbolismo mais sutil de Gná aponta para a liberdade interior que pode ser alcançada por todos aqueles que se elevam acima das limitações mentais, materiais, existenciais ou conceituais. Ela representa o poder da oração que alcança a Deusa e que resulta na sua ajuda aos pedidos sinceros dos necessitados. 

É por intermédio de Gná que podemos conectar-nos com a Deusa e receber as suas mensagens e orientações. Para honrá-la, não se deve somente reverenciá-la no refúgio do próprio lar, mas levar as suas palavras, imagens e ensinamentos ao mundo, para despertar e ajudar os outros, e assim elevar as suas consciências. Se Frigga for colocada no centro do altar ou círculo sagrado, pode- se pedir a Gná que nos ajude nos deslocamentos e atividades, indo além do habitat costumeiro, e que ensine a sobrevoar os tumultos da realidade, alçando voo para as alturas do espírito.

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