Fjalar e Galar


Fjalar e Galar são dois personagens da mitologia nórdica mencionados no Skáldskaparmál, segunda parte do livro Edda em prosa, de Snorri Sturluson. De acordo com este texto literário, Fjalar e o seu irmão Galar foram os anões que mataram Kvasir e verteram o seu sangue para a bebida mítica denominada hidromel da poesia, responsável por inspirar poetas nas sua composições. Posteriormente, ambos assassinaram um gigante chamado Gilling, na frente da sua esposa, provocando a ira do filho do gigante, Suttung, que ameaçou de morte os dois irmãos. Para evitar este destino, os irmãos ofereceram-lhe o hidromel. Suttung tomou-o e escondeu o hidromel no centro de uma montanha, que guardava com sua filha, Gunnlod.

Ainda segundo este texto, eventualmente Odin decidira obter o prado. Com este objetivo, trabalhou para Baugi, um fazendeiro irmão de Suttung, durante um verão inteiro e, ao final dessa estação do ano, pediu um pequeno gole do prado. Baugi perfurou a montanha, enquanto Odin, sorrateiramente, transformou-se numa cobra, resvalando-se para dentro, onde estava Gunnlod, de guarda. No entanto, Odin a persuadiu a dar-lhe três goles do hidromel, embora posteriormente ele o tenha bebido todo, transformou-se numa águia e fugiu.

Fjalar é também mencionado no Hávamál, parte da Edda em verso, na qual há uma estrofe em que Hár (um dos nomes de Odin) aconselha o anão contra a embriaguez excessiva, mencionando uma ocasião em que ele ficou bêbado e que Fjalar se aproveitou dele. Entretanto não se sabe se este Fjalar mencionado neste texto trata-se de outra personagem mítica ou é o mesmo irmão de Galar.


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