Brunilda


 Brunilda ou Brunilde (em nórdico: Brynhildr), na mitologia nórdica, é uma valquíria, uma das personagens principais da Saga dos Volsungos e de partes da Edda poética.

A história de Brunilda é encontrada com diversas variações de fontes. Na Saga dos Volsungos ela é filha de Budli, e foi encarregada de decidir um combate entre os reis Hjalmgunnar e Agnar. Decidido em prol deste, contra a vontade de Odin, é condenada a viver a vida de uma mortal, sendo encarcerada num castelo e posta a dormir dentro de um círculo de fogo, até que fosse resgatada por algum herói. Sigurd, matador do dragão Fafnir, atravessa as chamas e acorda-a. Imediatamente apaixonado, pede-a em casamento, oferecendo-lhe o anel Andvarinaut, e parte logo depois, prometendo voltar para desposá-la.

Chegando à corte de Djuki, a rainha Grimilda, através de encantamentos, faz Sigurd esquecer Brunilda e casar com a sua filha Gudrun. 

Desejando ainda casar Brunilda com o seu filho Guntário, envia este para tirá-la do castelo, mas ele não o consegue, por causa da muralha de chamas. Disfarçado de Guntário, Sigurd penetra no castelo e casa com a valquíria, e lá permanece com ela por três noites, mantendo contudo uma espada entre eles no leito conjugal, significando que tencionava preservá-la virgem até entregá-la ao verdadeiro Guntário. Então sem que ela perceba os homens reassumem as suas identidades reais, com Brunilda continuando a pensar que casara com Guntário.

Mais tarde as suas esposas disputam qual seria o marido mais valoroso, e Brunilda diz que nem mesmo o herói Sigurd pôde penetrar no anel de fogo. Ao dizer isso Guntário revela que fora Sigurd o autor da façanha, e este relembra sua antiga paixão por Brunilda, que se enfurece com a fraude em que fora envolvida. Sigurd tenta consolá-la, mas sem sucesso, e ela prepara um plano para matá-lo. Gutthorm, irmão mais novo de Guntário foi, por fim, o assassino. Morto Sigurd, Brunilda arrependida, lança-se à sua pira funerária.

Na Canção dos Nibelungos ela aparece como rainha da Islândia, por três vezes consecutivas vencida em provas de força por Guntário, com a ajuda invisível de Sigurd. Por fim é obrigada a casar-se com o pretendente Guntário. Na noite de núpcias ela, com a sua enorme força, amarra-o e assim o deixa até ao dia seguinte.

Novamente, Guntário pede a ajuda de Sigurd e o seu manto de invisibilidade, mas diz para ele não dormir com ela. Brunilda é outra vez vencida, embora Sigurd tenha ficado com seu cinto e anel, um símbolo do seu desfloramento. Já sem a sua força descomunal ela aceita o legítimo esposo. Anos mais tarde ela convida Sigurd e a sua mulher, Gudrun, para visitarem o seu reino, mas questões de precedência à entrada da Catedral de Worms causam uma disputa entre as rainhas, e Gudrun mostra o anel e cinto que Sigurd lhe dera, que antes teriam sido de Brunilda. Para envergonhá-la acusa-a de ter sido amante de Sigurd, abalando a amizade entre os casais e os seus reinos. Por fim o caso termina em tragédia, com a morte de Guntário, Gudrun e Sigurd, além de vários outros personagens.

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